- da arte de reencontrar -

Pessoas indo, pessoas vindo.
Pessoas chegam, pessoas vão...
Hoje minha irmã chegou por aqui, depois de uma temporada lá pela terra do tio Sam. Com ela trouxe lembranças, cheiros e recordações de um tempo em que éramos felizes e não sabíamos.
É sempre assim, às vezes falamos da felicidade que tivemos ou da que poderemos ter, mas dificilmente nos lembramos que sim, somos felizes no presente, por mais que não nos apercebamos, a felicidade está ali, num olhar, num toque, num sorriso...
E por mais tempo que tenha passado, quando a recordação se consubstancia, quando você se vê fazendo e falando coisas que eram de costume, quando você revive momentos, é como se a vida não tivesse passado, como se você tivesse tirado um cochilo naquela amena tarde de verão, e tido um sonho engraçado, em que você crescia, assumia responsabilidades, tinha dito decepções e tinha batalhado um bocado para conquistar alguma coisa...
Mas por mais que essa sensação permaneça, no fundo sabemos que não é como antes. Sabemos que o dia da partida irá chegar, e a saudade e a falta lá estarão de volta... É como minha avó sempre faz em reencontros: chora... já pensando na data de ida, já pensando na saudade que irá sentir novamente.
Mas não pensemos em como vai ser, pensemos em como é, aproveitemos nossos momentos de forma jocosa. Façamos valer a pena os minutos que temos juntos.
Vivamos e reavivemos...